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SitraAM/RR repudia fala irônica de Bolsonaro sobre reajuste a servidores

O SitraAM/RR vem a público repudiar, veementemente, a ironia feita pelo presidente Jair Bolsonaro a respeito do reajuste (prometido e não cumprido) aos servidores públicos do país: ‘só dizer onde tem dinheiro”.

O comentário foi feito nesta terça-feira (5), quando o mandatário da nação saía do Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). Um apoiador, que se disse caminhoneiro, reclamou ao presidente da aplicação de multas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Não são todos, mas existe gente fazendo isso daí, tenho informações. É que eles querem reajuste salarial. Eu dou reajuste para eles, para todo mundo, só dizer onde tem dinheiro”, disse o presidente aos seus simpatizantes.

Na sequência, Bolsonaro ainda comentou: “é lamentável fazer uma maldade com vocês para tentar me pressionar, uma maldade”.

“A fala do presidente entoa o desrespeito com os servidores que contribuíram para tirar o Brasil da pandemia, quando muitos morreram realizando seu trabalho para o serviço público e para o cidadão”, critica o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Correa.

Ação eleitoreira

Visando garantir votos para sua reeleição, a ideia inicial do presidente era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Mas a concessão gerou pressão de outras categorias do funcionalismo que se sentiram prejudicadas. Então, temendo uma greve geral em ano de eleição, o governo recuou e chegou a ventilar reajuste linear de 5% para os servidores. Entretanto, no fim de junho, disse que não seria possível, alegando dificuldades orçamentárias.

“É obrigação do governo repor as perdas salariais dos servidores, que como todos os trabalhadores, enfrentam uma inflação galopante. E como chefe do poder Executivo, o presidente não pode, como sempre faz, jogar a culpa nos outros, nesse caso os servidores, querendo que estes apontem de onde tirar recurso para o reajuste, porque, se depender do servidor, a gente corta o cartão corporativo do presidente, economiza milhões de reais e paga a recomposição”, comenta Correa.

O sindicalista diz ainda que dinheiro tem. “É só tirar do orçamento secreto, da PEC dos Precatórios que furou o teto, da corrupção do MEC e até mesmo dos R$ 40 bilhões que serão usados para comprar voto na PEC da Eleição”.