
Movimentos sindicais e estudantis se unem para um grande ato no próximo 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O objetivo é, juntos, pressionarem o governo federal contra as políticas de exclusão social do governo Bolsonaro, além de pressionar pelo fim da Reforma Administrativa e da PEC do Calote. O encontro também irá contar com exposições artísticas de trabalhos realizados por pessoas da comunidade preta manauara e de quilombolas. O ato ocorrerá às 14h, na Praça da Polícia, Centro de Manaus.
A definição da manifestação ocorreu após reunião on-line realizada nesta quarta-feira (17). O SitraAM/RR esteve presente representado por seu presidente, Luiz Cláudio Correa.
“Resolvemos participar deste evento para nos unirmos ao povo preto e também às populações tradicionais. Ambos são atualmente vítimas de uma série de políticas excludentes e do preconceito que cresce a cada dia, institucionalizado pelo governo Bolsonaro”, comenta o presidente do SitraAM/RR.
O evento artístico ocorrerá durante todo o dia na praça, porém, tendo como ápice o ato das 14h. Por isso, o sindicato convida os filiados e filiadas a participarem da manifestação a fim de defender os direitos da categoria, os quais continuam ameaçados pela Reforma Administrativa e pela PEC do Calote.
Entenda as ameaças
A PEC 23, conhecida como PEC dos Precatórios, prevê que o governo possa atrasar o pagamento total de dívidas em processos judiciais, como quando servidores entram com ação para receber alguma indenização e ganham a causa. O texto foi aprovado em dois turnos na Câmara Federal e agora deve ser votado no Senado. O objetivo de Bolsonaro é conseguir mais dinheiro para aprovar o Auxílio Brasil, programa social com duração de um ano que ele pretende utilizar como trampolim para as eleições do ano que vem.
Já a Reforma Administrativa (PEC 32) é a proposta mais conhecida dos servidores. O texto foi construído para ser uma bomba carregada de perdas de direitos. O fim da estabilidade, da promoção de carreira no modelo atual e as indicações políticas em cargos são algumas das propostas do projeto, parado no Congresso Nacional após ter sido enfraquecido com forte mobilização da oposição e dos servidores públicos. A luta, porém, segue a todo vapor para enterrar de vez a proposta.