A dedicação é total nas últimas semanas de treino para a natação, uma das 21 modalidades da 21ª Olimpíada Nacional do Judiciário Federal (ONJF). Neste ano, pela primeira, a competição acontece em Manaus, entre os dias 24 e 30 de agosto. Assim como em outras categorias, a natação também recebe apoio técnico do sindicato na busca pela vitória no campeonato.
Os treinos se dividem entre os individuais, a cargo dos próprios atletas, e os conjuntos, realizados todos os sábados pela manhã na piscina do Sesi Clube do Trabalhador. Nesse treino do final de semana, os competidores têm à disposição o técnico Jefferson Mascarenhas, considerado uma das lendas da natação amazonense.
“Estamos treinando há três meses com um número que varia entre 10 a 15 atletas. Temos uma rolagem mais livre no treino, porque os atletas também estão em outras modalidades. De qualquer forma, eles estão treinando bastante e acredito que haverá uma boa performance na competição”, avalia o treinador.
Segundo ele, o trabalho junto aos competidores têm se concentrado na avaliação individual de cada atleta para buscar melhorias de desempenho. “Avaliamos as saídas, viradas, o nado. Além disso, a própria disposição do atleta, de fôlego, para completar o percurso. A equipe está muito bem e tem, sim, muita condição de ganhar medalhas”, diz Mascarenhas.
Os competidores treinam para provas de 50, 100, 200 e 400 metros. Também haverá competição dos estilos de natação crawl, borboletas, costas e peito. O treinador fez a divisão dos atletas de acordo com cada uma dessas categorias
Uma das grandes apostas do time é o oficial de justiça Mário Vinícius Rosário Wu, 39, que já participou de outras três edições e agora treina para garantir mais medalhas na competição deste ano. “Minha expectativa é ótima. Estamos nos preparando há um tempo e, se Deus quiser, vamos colher os resultados”, afirmou.
Mário já treina há mais de um ano, conciliando a natação com o trabalho. Ele avalia que sua maior possibilidade de medalha é o nado de 50 metros com borboleta. “Foi a que eu ganhei medalha de prata, em Vitória, no Espírito Santo. Além disso, vou nadar os 50 metros costas e 100 metros livres”, diz.
Diferente de Mário, o oficial de justiça Roberson Silva, 44, participa pela primeira vez da Olimpíada neste ano. O convite partiu da diretora do Núcleo de Oficiais de Justiça do SitraAM/RR, Janete Belchior, que também compete na natação.
“É meu primeiro ano no tribunal e já estou aqui para participar das olimpíadas. Tenho treinado bastante com os colegas. Vamos ver o que vai dar”, comentou. Ele também vai participar das provas de lançamento de dardo, peso e disco.
Roberson já era atleta antes de ser servidor público e avalia como importante o estímulo ao esporte entre colegas de profissão. “O esporte é vida, saúde. Ele me proporcionou, principalmente, o bem-estar depois dos 40 anos. Fiz exames recentes e estavam todos ótimos. Eu atribuo isso ao esporte”, disse.
21ª Olimpíada
A primeira edição da ONJF aconteceu em 2002, em João Pessoa (PB). A competição se chamava Olimpíada do Nordeste da Justiça do Trabalho, e reunia apenas delegações dos estados nordestinos. O sucesso foi tão grande que o evento se tornou nacional e passou a se chamar Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho (NJT).
Um novo marco aconteceu em 2023, após a 20ª edição. Devido à demanda e interesse de outras áreas, agora o evento se chama Olimpíada Nacional da Justiça Federal e engloba servidores da Justiça Eleitoral, Justiça Federal e do Ministério Público da União. Para participar, é preciso ser filiado ao sindicato estadual (de base) e da Associação Nacional dos Servidores do Judiciário Trabalhista (Anastra).
De acordo com a entidade nacional, a olimpíada inclui uma ampla variedade de modalidades esportivas, abrangendo esportes tradicionais como atletismo, basquete e tênis, até jogos de tabuleiro, como damas e dominó. Os participantes poderão competir em 21 esportes diferentes, atendendo a uma variedade de interesses e habilidades.
Ascom/SitraAM-RR
